O Arroz de Casca

quinta-feira, maio 31, 2007

"Há dias em que julgamos
que todo o lixo do mundo
nos cai em cima
depois ao chegarmos à varanda avistamos
as crianças correndo no molhe
enquanto cantam
não lhes sei o nome
uma ou outra parece-me comigo
quero eu dizer :
com o que fui
quando cheguei a ser luminosa
presença da graça
ou da alegria
um sorriso abre-se então
num verão antigo
e dura
dura ainda."

Eugénio de Andrade

terça-feira, maio 29, 2007

o que dizer?...

O que dizer dos serviços de segurança social deste país que, em vez de cruzarem os dados com as finanças - já que tudo está informatizado e tudo é Estado - obrigam uma pobre criatura a andar de um lado para o outro na interminável burocracia dos papelinhos???? É que para um simples reinício de actividade os senhores precisam de toooooda a história contributiva de uma pessoa, e informam que, se não tivermos a dita "história contributiva" em casa, é "só" (só?????!!!) um print informático nas finanças. Ora vamos lá ver: e porque é que os senhores não têm acesso ao ficheiro informático? Não seria mais prático para todos? E eficaz na procura de irregularidades e quejandos? É que até para uma criatura pagar ao Estado tem desincentivos (estilo:agora vai peder mais não sei quanto tempo nas finanças e mais ainda na segurança social).Parece até que os senhores querem que acumulemos multas de demora! Se calhar...

domingo, maio 27, 2007

Ressaca

Há dias em que Maio é sempre cinzento. Dias em que tudo é desagradável e o chão não existe. Dias há em que saímos à rua para ver um filme de porcaria e damos de caras com a fachada de um prédio que conhecemos em dias melhores. Dias em que todo o peso da trovoada está connosco, um friozinho nos ossos e na alma nos tolhe os movimentos e as coincidências nos arrastam sempre para o lado errado. Hoje estou no lado B.

quinta-feira, maio 24, 2007

Pôr em causa a liberdade de expressão...

...é coisa que dá vontade em dias em que o sr. do PNR é ouvido no Jornal 2. Argh!

Rosa de Hiroshima

só gosto de ti



Agora, desculpem, mas têm de levar com os "telediscos" que me ficaram engasgados. Isto fora o "Foram Cardos,Foram Prosas" que não encontrei...

More Than This



O anjo da guarda da tecnologia acordou para mim! Finalmente consegui voltar a postar coisas do Youtube, através de umas dicas lidas noutros blogs. E fui euzinha, sem canalizador, sem nada (primeiro que percebesse o que era o "embed", nem vos conto!)Devo dizer que é mais chato e que agora, vá-se lá saber porquê, não consigo diminuir o tamanho desta letra. Mas o processo artesanal avariou...As pesquisas ao menos deram para ver que o Youtube também tem letras. Ele há sempre vantagens!

quarta-feira, maio 23, 2007

Da pele

Pixel é o espectáculo que o coreógrafo Rui Horta recentemente reapresentou em Lisboa. Criado em 2001, ganhou o Prémio Acarte desse ano e foi considerado um marco na dança conteporânea portuguesa. Mas não é por isso que falo dele. Só agora tive oportunidade de o ver. É um espectáculo surpreendente.
Há um túnel escuro por onde desliza um écran móvel e gigante que deixa o espectador e um dos intérpretes de um lado e o outro intérprete do outro. Há uma câmara que filma em tempo real e projecta nesse écran pormenores do corpo, pormenores do momento, pormenores do movimento, pormenores da pele. Os dois performers vivem uma confrontação muitas vezes agressiva, às vezes irónica - a confrontação dos espelhos - do velho e do novo, do mestre e do discípulo. Há uma confrontação do performer consigo mesmo, uma luta em que quase se auto-pune, uma transgressão no movimento. Há uma ânsia em que um corpo grita, em que tem medo, em que repuxa a própria pele. A pele é o menor denominador comum da peça, tal como o pixel é o menor elemento de uma imagem digital. É através da pele que o jovem belisca que se confronta consigo próprio e com o mundo - tudo se espelha nas imagens que se vão multiplicando e que vão sugerindo e dando a ver outras faces daquele corpo, daquela luta. A relevância do som forte e agressivo, ou da cantiga entoada ao vivo não é alheia neste confronto. Tal como o écran funciona como meio de comunicação, a pele e o corpo são os interfaces de comunicação que antecedem a imagem e que lhe dão voz. Em Pixel funde-se os elementos do corpo com os elementos da imagem, numa dança provocadora. Um momento forte e condensado - um momento para reter.

sábado, maio 19, 2007

J.P. Simões

O concerto que J. P. Simões (ex- Belle Chase Hotel) deu ontem na ZDB, Lisboa, foi para lá de caloroso (além do calor real que se fazia sentir e que faz duvidar do local para estes eventos!). Para quem como eu não tem (ainda) 1970, o mais recente álbum do músico que deu mote ao concerto, a noite foi para abrir o apetite. Tentar esmiuçar a magia das letras, para além da magia do som será, agora, a sobremesa. O conceito atenta na influência da música brasileira dos idos de 70 e é interpretado na perfeição por JP. Há uma certa maneira de cantar em tudo semelhante a algum Chico Buarque - o tom sugere uma espécie de abrasileiramento das palavras que, curiosa e felizmente, são todas cantadas num português que em nada faz perigar o tom. JP traz de volta a tradição dos "escritores de canções" ou dos "cantautores" no que tem de melhor. 1970 é pois algo de que já tínhamos saudades e não sabíamos . Os convidados especiais, os Couple Coffee (dupla brasileira que canta também Zeca Afonso), "abrilhantaram" a noite, destacando-se a voz extraordinária de Luanda e, para mim, o "Zeca" evocado com o sotaque do outro lado do Atlântico.
Das canções fica um registo intimista onde se tem vontade de mergulhar outra vez.

A parte caricata da coisa teve a ver com o facto de JP, com a sua conhecida veia humorística, ter feito por animar os presentes com piadas que, muitas vezes, eram ouvidas pela metade. O músico não falava directamente para o microfone e, no registo intimista em que estava, engolia as próprias palavras. No final do espectáculo, à conversa sobre esse pequeno pormenor de que não se apercebeu, JP achou que assim o humor parceria mais brilhante! Grande noite.

quarta-feira, maio 16, 2007

«Nunca faças por desvendar o mistério. (...) Para não perder o encanto.»

Sérgio Godinho in Ligação Directa

segunda-feira, maio 14, 2007

Questão

De que modo deve ser a morte explicada a crianças muito pequenas?
Alguém faz uma ideia? Será que uma dose de bom senso chega?

quarta-feira, maio 09, 2007

o chocolate pode vir depois

Soneto não-relativo

Às vezes somos assaltados por um momento de irrealidade, de ilusão permitida. Queremos ir mais além e agarrar o destino como quem morde a onda que só acontece no equinócio. Às vezes queríamos um raio de luz a pairar sobre o mundo que iluminamos com o petróleo da imaginação. Ele espalha-se, deita cheiro, deixa rasto, leva-nos para as profundesas do seu turbilhão de imagens e gestos. E nós? Nós só queríamos uma brecha de emoções claras, vigorosas e anunciadamente verdadeiras. «Era um soneto de emoções de verdade-não-relativa, por favor! O chocolate pode vir depois.»

As pessoas são complicadas

Tão complicadas que perdem posts quilométricos inteirinhos. Raivaaaaa!
Estava lindo o meu post. :( Chuif!Vou tentar recuperá-lo. Cá vai:

Quando eu era pequena era uma pequena calada. Introspectiva. Sempre com a cabeça nas nuvens. O meu avô abria sorrateiramente a porta do meu quarto e questionava: «O que estás a fazer?». «Estou a pensar». «Estás a "pinsar"», repetia ele, entre risos. Pensei muito. Pensei demais. Com demasiada força. Pensei violentamente. Pensei no que não devia ainda pensar. Pensei em circuito fechado, entrei num labirinto. Troquei os fusíveis e não fui a lado nenhum. Muito menos à direcção que a vida pode ou deve levar. Agora tenho vontade de agarrar na filosofia e na filosofia de vida, metê-las no caixote do lixo e gritar. Quero que se lixe a psico-filosofia e o meta-eu. Quero cantar. Quero apanhar sol, mergulhar no mar, dizer disparates, fazer disparates. Apetece-me ouvir anedotas parvas, fazer orelhas moucas. Apetece-me ouvir música aos gritos. Apetece-me comer doces e dar beijos sonoros. Apetece-me não fazer nada e fazer greve à cara-séria. Nada simplesmente. Façam por mim. Pensem por mim. Trabalhem por mim e reflictam vocês agora - nem que seja só por uns momentos - nas questões transcendentes que eu sei que não me vão largar. Entretanto, deixem-me dar a volta ao mundo três vezes, caminhar sobre as águas, rir, rir, rir do mais banal pormenor. Ir ao fundo do mar colher uma estrela. Apetece-me gritar e rir e roubar a arca dos gelados e fugir a correr. Não quero pensar. Vou puxar-te as orelhas e esconder-me. E não hás-de saber nunca que fui eu.

nota: este post não é o que era, mas foi o possível dado que nada se repete

segunda-feira, maio 07, 2007

More Than This

Já que nenhum canalizador de YouTube se ofereceu ainda (vejam lá que vão a tempo!) para me ajudar, a minha disposição não consegue hoje resistir a postar (a letra, claro) de um tema brilhante dos Roxy Music. Fiquem com ele:

More Than This

I could feel at the time
There was no way of knowing
Fallen leaves in the night
Who can say where they´re blowing
As free as the wind
And hopefully learning
Why the sea on the tide
Has no way of turning

More than this - there is nothing
More than this - tell me one thing
More than this - there is nothing

It was fun for a while
There was no way of knowing
Like dream in the night
Who can say where we´re going
No care in the world
Maybe i´m learning
Why the sea on the tide
Has no way of turning

More than this - there is nothing
More than this - tell me one thing
More than this - there is nothing

Dacosta e o palhaço

No café mais modernista de Barcelona, ponto de encontro da “artistada” da época Gaudí, entraram três meninas em ponto de rebuçado. Cansadas de calcorrear a cidade, mendigavam por um “café solo” à espera de que a amiga cafeína retemperasse forças esvaídas entre mercados e monumentos, museus e praças, danças de roda e palhaços de rua. Na mesa ao lado do Café de L’Ópera estão, naquele momento, dois senhores. Senhores-cara-de-novela, meia idade brasileira, “terno”, alfinete no casaco, conversa afiada. Iam cofiando a barba, palavrando e gargalhando – enquanto elas ouviam, com indisfarçado gozo, alguma coisa da língua mãe.
Os cantos dos olhos iam espreitando de mesa para mesa e todos comentavam o que se passava na mesa do lado. Entretanto chega Júlia, a suposta “filha” de uma das personagens, para mais tarde chegarem outros tantos. Comentário imediato do outro lado: «Imagino as compras»...Claro. Toda a gente sabe que “brasileiro bem de vida, é brasileiro muito bem de vida”.
Já que a comunicação não atava nem desatava, a primeira menina resolve puxar do cigarro mas...ops...não do isqueiro. Infalível. O charme do Brasil “espichou seu cigarro”. E foi o vício de fumar que despoletou toda a converseta – (meu Deus e a incomunicação que vai surgir com a lei antitabágica em locais públicos???). A conversa correu “fácil, fácil”. Entre Lisboa e o Rio de Janeiro, entre S. Paulo e o Porto, entre o Uruguai e Marrocos. Entre avós transmontanos e comida lusófona. Entre o custo de vida com euros, reais e dólares. Entre anedotas de portugueses. E estórias verdadeiras.
O charme do anunciado-divorciado-de-meia-idade e a sua predilecção por meninas eram claros. Um fetiche sobretudo pelas “clarinhas”, que não abundam no país de verde-amarelo.
Certo dia Dacosta, o charmeur, possível habitante do Leblon e fumador de cachimbo ao fim-de-semana, estava na véspera de mais um congresso patrocinado pela sua especialidade em gaz. Só que “não tinha terno”. Foi comprar um... Só que não tinha baínha! Desesperado, pediu à simpática empregada do comércio de Barcelona (igual à maioria dos seus simpáticos colegas) que lhe emprestasse o agrafador ou a “grapa”. “É para quê?”, reclama ela de imediato. Dacosta quase pensou alto: “Para quê? PÔ!!! Para a próxima vou grapar sua língua!”
Outro dia, em plena Lisboa, e fazendo jus às mais típicas anedotas sobre portugueses, Dacosta, presente em mais um congresso, (“meio-trabalho, sabe como é...”) precisava de um walkie-talkie de igual frequência a um que tinha em seu poder. Depois de lhe venderem o errado, dirigiu-se a uma loja e questionou o empregado. De resposta pronta o indivíduo respondeu-lhe: “Não funciona? Bem, em primeiro lugar a diferença está na cor...”.

No final da história as três meninas estavam esfomeadas. Tinham de procurar jantar, ao invés dos amigos brasileiros, saciados com as tapas-para-turista. Combinaram encontro para beber “cavas” num bar – “Oveja Negra” – que Dacosta se apressou a traduzir por “Ó velha negra!”, por entre gargalhadas sonoras e piscadelas de olho. Trocaram cartões, indicacões de caminho e promessas de reencontro. Elas foram em busca de restaurante e, enquanto restauravam e não restauravam o estômago, aparece um palhaço de rua que recruta uma como cobaia. Entre meneios, trejeitos, danças e parvoíces que a menina tinha de imitar, o palhaço não vai de modos – prega um beijo na boca da menina perante uma praça ululante de riso. Em troca estendeu-lhe uma flor – ela agarrou mas ficou com....o caule na mão que a flor – essa - era para ele. O jantar foi bem regado com cava de Barcelona e um comensal na mesa do lado com aparência e gestos de javali. Depois, as meninas partiram em busca da bem-disposta brasileiragem e, sobretudo, do charme-de-olhos-pequenos e barba à medida. Como ele próprio tinha dito: “brasileiro é simpático, diz “passa lá em casa”, mas nunca dá o endereço”. E assim foi. Na “Ó Velha Negra” nem sinais de Dacosta. Aprendam meninas: “brasileiro é simpático, é palhaço, faz brincadeira mas...nunca dá endereço!”.

sexta-feira, maio 04, 2007

Momento...sem som

Estava eu aqui, provavelmente graças aos desígnios da lua cheia, toda muito cheia de reflexões filosóficas sobre o amor...Até escrevi uma prosa enorme (que me excuso a publicar enquanto não revista (no mínimo!!!)) e...a porcaria do YouTube continua a não funcionar! Já estou verdadeiramente furiosa, já mudei as passwords não sei quantas vezes e ...rien. Está mudo e quedo há dias infindáveis. Não bastava a "Rosa de Hiroshima", agora também não consigo postar o "Só gosto de ti" dos Heróis do Mar, entre outras pérolas. Fiquem-se pois com mais um hino ao amor (ui que lamechas!), mais precisamente a letra de "Foram Cardos, Foram Prosas", esse hit cantado por Manuela Moura Guedes e escrito por Esteves Cardoso/Ricardo Camacho. Este momento sem som é dado de boa vontade! E fica aqui nem que seja só para fazer "piraça" ao Youtube - não hás-de ser mais teimoso do que eu!

Foram Cardos, Foram Prosas

Há luz sem lume aceso
Mas sem amar o calor
À flor de um fogo preso
À luz do meu claro amor
Há madressilvas aos pés
E águas lavam o rosto
A morte é uma maré
Olho o teu amado corpo
Será sempre a subir
Ao cimo de ti
Só para te sentir
Será no alto de mim
Que um corpo só
Exalta o seu fim

Não foram poemas nem rosas
Que colheste no meu colo
Foram cardos foram prosas
Arrancados ao meu solo

Tu que ainda me queres
No amor que ainda fazemos
Dá-me um sinal se puderes
Sejamos amantes supremos

Será sempre a subir
Ao cimo de ti
Só para te sentir
Será no alto de mim
Que um corpo só
Exalta o seu fim. . .

Miguel Esteves Cardoso/Ricardo Camacho

episódio patrocinado por C.M.L

Presidente da Câmara : Obviamente...Não me demito.
Coro: Importa-se de repetir????

terça-feira, maio 01, 2007

«Mira, que bonito!»





Olá cá estou eu, depois de regressada da famigerada viagem a Barcelona e com mais um feriado (à noite) em cima. Desculpem qualquer "desinspiração", mas estou com dorzita de cabeça e uma irritação. É que a noite ontem rendeu-me a perda do meu 15º telemóvel e...novamente os números perdidos. Adiante que é para não me irritar mais. Vamos ao que interessa: Barcelona. Barcelona é das únicas cidades que conheço onde viveria. Tem água, tem vida, tem movida, tem boa disposição, tem cultura, tem charme, tem tanta coisa. Esta já foi a terceira vez que lá estive e recomendo a melhor casa de tapas de sempre: Bar Mondial. Um "estabelecimento" "anitiquiquissímo" que tem nas paredes fotos e postais antigos de heróis do boxe. Só faltaram mesmo os nossos Belarmino e Tarzan Taborda. De resto eu e as minhas companhias de viagem achámos tudo encantador - a mais piquena coisa era brindada com a digníssima expressão «mira que bonito!!!».
Bonito, bonito (fora as canções do Tozé Brito) é ter conhecido a casa que poderia ter sido construída para mim: a Casa Batló. Uma casa imaginada e construída pela genialidade de Gaudi e dedicada ao mar. Uma construção só de ondas, beleza e frescura. Um sítio sem arestas.
Inacreditável é também a mestria do pavilhão de Mies Van der Rohe, feito para a exposição de 1929. De uma modernidade e uma beleza indescritíveis, de um leveza e perfeição extraordinárias. É algo que nos prende e de onde temos a sensação de não conseguir arredar pé. O pavilhão abre portas entre o natural e o construído, como se da própria explicação do milagre da criação se tratasse.
Depois veio a cereja em cima do bolo: a caminho de casa com os pés mais moídos que carne picada, encontrámos numa praça - onde só cabia uma líndissima igreja iluminada - um grupo de pessoas que não se conhecia a dançar danças barrocas com música ao vivo. Não olhámos para trás nem esperámos dois segundos: juntámo-nos a eles e aprendemos a dança e a autenticidade do espírito catalão.
Não posso deixar de contar os episódios mais caricatos: um rapaz recém-enamorado e super-nervoso com uma ramo de girassóis à espera da sua dama no Bar Mondial. Uma cena idílica de quem está apaixonado à três dias. Foi bonito. Claro está que quando o brutamontes-sensível do empregado veio perguntar o que é queríamos, respondemos: flores. Ao que ele riposta: flores e alguém para as trazer! No seguimento caricato da coisa cá vão mais dois - o fulano do apartamento ao lado do nosso (que por sinal vivia com uma rapariga ausente) a fazer-nos sinais pela janela e perguntar se podia ir ter connosco...Só visto, porque contado ninguém acredita. Last but not the least - a "senhora" dos apartamentos (que já à chegada nos deixara a chave debaixo do tapete - ou seja, corremos alto risco de ficarmos à uma da manhã apeadas em Barcelona) alugou o nosso apartamento na última noite. Resumindo: ficámos a dormir num buraco sem janela, w.c. de gosto duvidoso e duas camas para três. Perfeito, perfeito, perfeito.
Muito, muito mais havia a dizer. Mas estas são as minhas cerejas. Aqui as sirvo para que disfrutem um bocadinho delas também.
ps- O telemóvel apareceu. Aleluia!