O Arroz de Casca

quinta-feira, novembro 29, 2007

eu sei que a situação não é para brincadeiras...


Eu bem sei que o caso não é para brincadeiras ou folestrias, porque a situação do Paquistão... enfim, é o que é. Mas não pude deixar de gargalhar um pouco (só um bocadinho, cadinho, inho) quando os senhores do exército do Paquistão (vide foto anexa), apareceram num telejornal nocturno. Ora vamos lá ver: os senhores já de si envergam estas coloridas fardas - com uma faixa em que a qualquer momento podem tropeçar (facto comprovado pelas imagens)... Ali tratava-se da despedida do presidente Musharraf das forças armadas. Eis senão quando, para começar, um dos membros do dito exército gritava, em plena cerimónia, alto e bom som, como se estivesse a ter o pior ataque de prisão de ventre da Ásia e arredores (tipo uuuuuuuuurgh!). Como se já não bastasse, aparecem mais dois militares a jogar ao "mamã dá licença". Para quem não sabe, é um jogo de criancinhas em que se pode escolher o tipo de passadas a dar para se chegar a uma "baliza". Ora os senhores davam uns curiosos saltos com as pernas para a frente - género bailarina bêbeda e em movimento mecânico. Não, eu não sonhei: aquilo era o telejornal e não uma piada do programa 'O Eixo do Mal'. Não sei se isto será um mero choque cultural...mas garanto que este exército tem a sua piléria. Tem sim senhor. Amigos, se continuam assim, ainda são convidados para fazer Stand-Up Comedy em programas do Canal 2. Se fosse aos senhores...tinha cuidado. Aliás, tinha era medo. Muito medoooo.

carta aberta ao Porto

Tenho dois Portos na minha vida [não, não se assustem pq não são 'Dois Amores' de microfone a saltitar ;) ]. Há o das chatices, da dor, das más recordações, da miséria humana, da tristeza. Depois chega o outro: o da livraria Lello, de Serralves, do Rivoli (tadito do Rivoli!), da Baixa, do Piolho, dos Maus Hábitos, do rio, do Balleteatro, da rua das galerias, dos cafés, da Casa de Chá do Siza, do Labirinto, das Marionetas, das surpresas...e de tantas outras coisas impossíveis de enumerar. O Porto sépia, o Porto da luz dourada e acolhedora, o Porto do granito. Desse tenho saudades, porque, tenho de me deparar com o outro, o da face desmaiada e do grito sujo. Às vezes, tenho até medo que o Porto tenha partido "sem destino nenhum". Querido Porto, espero que possamos em breve reencontrar-nos. Sei que, como sempre, tens novas estórias para me contar.

terça-feira, novembro 13, 2007

há coisas fantásticas, não há?

Hoje houve alguém que, em contexto profissional e técnico, me disse: "eu não sou cínico. Acredito de facto no amor." Há ínfimos momentos que nos enchem os dias. É muito bom ouvir um homem maduro dizer isto, apesar dos seus "sofrimentos". É encorajador. Aconchegante.Luminoso.

quinta-feira, novembro 08, 2007

para pensar

Quando às vezes se valoriza o que é perene (ou se queria que fosse), como a amizade (etc, etc, etc), porque é que o seu (quase) oposto é igualmente verdadeiro. Como diria uma "blogger" que muito prezo, isto hoje fez-me pensar...

«O valor das coisas não está
no tempo em que elas duram,
mas na intensidade
com que acontecem.
Por isso, existem
momentos inesquecíveis,
coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis.»

Fernando Pessoa