O Verão foi assim

Entre o centro e o sul contou-se sobretudo o dolce fare niente... três anos depois das últimas férias (uff!). Houve jogos de roleta doce, rio, mar, 'O Incrível Hulk' - uma verdadeira experiência sociológica,  aldeia do mato, cabanas, circo do século passado, nazaré, lingueirão com batata doce, tomar,  concertos de filarmónica, jogos olímpicos, sopa do mar, porto de mós e tantas coisas boas. Coisas boas e triviais (ou nem tanto). Isto sem esquecer - last but not least -  tarte e brigadeiros de alfarroba! 

Lux - 10 anos

dez-anos-é-muito-tempo

Dizque há dois meses e meio que não "posto" uma linha que seja neste arroz crú. Pois que é verdade. É esta relação difícil com a escrita (estou a ver se eu a deixo a ela, se ela me deixa a mim...ou se nenhuma das opções anteriores e passamos a ser um casal de 'swingers'). É a falta de oportunidade quando a vontade de escrever sobe pelos dedos... E é a o drama da "folha em branco" quando, verdadeiramente, não apetece escrever rien.

Mas confesso que já tinha saudades. Na segunda semana de Setembro escolhi as fotos do meu Verão...e, por preguiça e desleixo e falta de pica, permanecem postas em sossego no ambiente de trabalho do bicho.

Na verdade, serve este post para falar dos dez (10!!!!!!!!!!!!!!!!!!) anos do LUX e para, com tudo de mau e de bom que a coisa tem nos dias que correm, mandar um grande beijinho à fábrica dos sabonetes. 

Deu-se o caso de eu ter estado na festa de anos ontem - embora as minhas pernas e pés se tenham separado de mim e tenham ido para um campo de concentração (graças aos saltos que tive a infeliz (peregrina!) ideia de levar).  

Adiante: fora a "realização plástica" do espaço, não aconteceu mais nada. Zero. Nadinha. Nem uma performance, nem um happening, nem umas teatradas, nem uma exposição, nem máscaras, nem nada... Ora, toda a gente que conhece as famosas festas do Lux, sabe que costumam reservar muita e boa surpresa. Ontem, para mal dos nossos pecados, foi uma noite como outra qualquer (quer dizer, para mim foi pior por causa da mania que devia usar saltos uma ou duas vezes na vida). Nestes últimos dez anos, Manuel Reis provou que é capaz de fazer muito melhor (embora dez anos depois, eu acredite que a paciência já não é a mesma).E não me venham cá com histórias que o aniversário está a ser comemorado com grandes Djs internacionais, faseadamente. Na verdade está - mas o aniversário é O ANIVERSÁRIO. 

Passada a fase do mal-dizer tenho de salientar que: de facto o Lux mudou a face da Lisboa nocturna e cultural; deu-nos muitos e bons espectáculos; ajudou em grande medida a tornar a cidade numa capital mais cosmopolita e moderna; deu lugar aos designers portugueses; etc, etc, etc. 

Para mim o Lux é um LUGAR. Um sítio onde, em fases diferentes da minha vida, vivi estórias e conheci pessoas que nunca esquecerei. Posso mesmo dizer que, algumas, são das mais importantes que povoam a minha vida. Ri e chorei, apaixonei-me e desapaixonei-me. Também por isso, parabéns Lux. E obrigada!