Quando nos passam por cima, nos atropelam os sentidos, o sentir, nos toldam o olhar, nos flagelam o sentimento...o que fazer? O que fazer quando as pessoas que se cruzam connosco vivem no mundo do "onanismo descartável". Como vivemos numa terra relativamente livre, poder-se-ia até dizer que cada um vive como quer. O problema é quando andamos nas mesmas estradas dos praticantes do descartável. É que cada vez mais acho que vivem num constante Carnaval. Se fazem teatro ou não para si próprios (e acredito que sim por serem criaturas fracas, inseguras e mentalmente muito pouco sãs), não me interessa. O que me assusta é gostar de Carnaval e confundir o bom, com o mau. O "glamouroso" com o frívolo. O extraordinário com o vulgar. O meio termo com o vigor.

São apenas fachadas interessantes com um miolo podre. E mesmo que o miolo não esteja totalmente podre - o mínimo que podemos dizer é que é pouco maduro e tresanda a egoísmo. É claro que falo de relações amorosas (e não só), sejam elas de que natureza forem.

E então pergunto-me: quanto não vale a suposta "frieza" de quem põe logo tudo em pratos limpos?; o que não vale uma ligação sem compromissos (mas sincera nos momentos em que existe) esperando que evolua (ou não)? É que, mais uma vez, também neste caso, a aparência é enganosa. Normalmente aquilo que começa pé ante pé e de forma descomprometida é visto como superficial. Pergunto se não é mais superficial essa tão típica atitude dos fãs do "descartável": a histeria, o fogo fátuo, aquilo que é gritado a sete ventos como forte e consistente... e que não passa de ilusão imposta ao próprio e aos outros. Mas é como digo: o próprio que se avenha com as suas ilusões. O pior é quando as "cozinha" primorosamente para os outros. E há gente muito gulosa...

Moral da estória: Ou ando a precisar de mudar a graduação dos óculos (que não tenho). Ou estas estradas são sítios muito mal frequentados (como o país do O'Neill). Ou preciso de amainar os pecados da gula e fazer uma dieta daquelas. Melhor: um extenso programa de reeducação alimentar.

IM...voltaaaaaa

Sem tempo, pouco palavrosa, sem paciência, etc, etc, etc são argumentos que têm dado a este blog a ausência da sua querida autora/dona. Mas, às vezes, valores mais altos se "alevantam". Não, não é a desgraça do País, um novo trabalho, ou mudanças radicais na minha vidinha. É mesmo o PENSAR a que não consigo aceder. IM, onde estás? Voltaaaaaaa!!!! Será a azelhice informática e um novo computador que deram nisto? Hm, mistério...