Eu bem que tentei. Juro que tentei. Lista antecipadamente. Não ceder ao consumismo. Ver o lado positivo da coisa. Tentei. Tentei. Tentei. Mas o sr. NATAL deu conta de mim outra vez...Durante anos lutei contra o espírito anti-natalício militante reinante na família que, como é bom de ver, só piorava a coisa. 'O Natal será o que nós fizermos dele': assim tentava pensar a minha espécie de optimismo contra-corrente. Mas confesso que o mês tem sido, nos últimos anos, a desgraça do calendário...Mês de balanços do ano, mês de compras desenfreadas, mês de discussões a toda a hora, mês de desmoronamentos familiares e outros, mês de (des)encontros estranhos. E os últimos 15 dias de Dezembro? Bom, isso então parecem dois anos. Tive um 'jackpot neurótico' quando depois de uma hora a gritar ao telefone por causa da porcaria da troca do computador, tive de, em plena Fnac, quase esganar um cliente, dois funcionários e o santo (obrigada!) que me acompanhava. Mais de 3 horas enfiada numa loja por causa de presentes e computador? E trucidar alguém, não?
Pois é. Este mês de aniversário, Natal, passagem de ano e tudo o mais é dose. Já estou assim e os três eventos estão ainda para acontecer...E eu bem que procuro o tal espírito positivo e tal. E eu gostava tanto de Dezembro. E da contra-corrente. E do dia-em-que-tinha-direito-a-fazer-tudo. Agora a onda negativa assola-me as entranhas(sim, que a força das enxaquecas está cá para prova). Mas com a carga de stress natalício - que é esta bola de neve que junta tudo - quem é que aguenta?
Acho que vou pedir asilo por síndrome de stress pós-natalício. Pode ser que alguém tenha peninha da menina e ofereça, sei lá, o próximo final de Dezembro no Rio de Janeiro? Até já me estou a ver, de branco, no fim de ano, a oferecer flores a Iemanjá. É caso para dizer: fia-te no Cristo Redentor e não corras!