O Arroz de Casca

quarta-feira, dezembro 05, 2007

Olha mais um trabalho de Anton Corbijn

Para além de Control, o interessante filme sobre Ian Cutis, agora nos cinemas, foi também o seu realizador, o fotógrafo Anton Corbijn, o responsável pela imagem de The Joshua Tree, o álbum dos U2 que, em 1987, haveria de marcar a sua carreira e de os catapultar para uma dimensão planetária. Parafraseando um jornal nacional, é importante frisar (não estivessem os U2 sempre no meu coração) que o álbum que faz agora 20 anos, tal como lhes abria os "portões" da América - com capas na insuspeita Time, tops de vendas, grandes prémios e primeiras digressões em estádios - transportava também uma outra América para as suas músicas. O disco acompanhou o início da militância política mais ou menos pública de Bono e, entre outros factores coadjuvantes, parece ter sido a obra certa na hora certa. Segundo os especialistas, é também nesta época que a banda se afasta do pós-punk, e agarra uma versão mais "clássica" na composição. O disco, dizem ainda os entendidos, tornar-se-ia uma marco nos anos 80 e na história do rock. Um som onde ficaram gravadas estórias do deserto americano, com Where the Steets have no Name, ou onde se questiona os paradoxos do amor, em With or Without You.
Diz que a imagem não é junto à verdadeira Joshua Tree - árvore que dá nome a um parque nacional na California, que inclui os desertos de Colorado e Mojave. É uma espécie de árvore-cacto característica da zona. Anton Corbijn terá marcado o disco e o momento da banda com esta imagem, no Vale da Morte, Califórnia.

2 Comments:

  • Lamento discordar quanto à importância de Joshua Tree. Foi importante sim, (e uma descarada aproximação) para os EUA. Assim como uma versão pimba dos Madredeus seria para Freixo-de-Espada-à-Cinta. Marcos na história da música foram o 1º album (Boy) e dois da "segunda fase" da banda (Achtung Baby e Zooropa).

    Anyway, quanto ao Anton, não esquecer as magníficas coreografias dos concertos dos Depeche Mode. E também as sessões fotográficas.

    bjs

    By Blogger Paulo, at 1:06 da manhã  

  • Quanto ao Boy tudo bem. Os outros...Enfim, opiniões. E a tua, nestas coisas, é mais abalizada do que a minha. Mas continuo a achar o mesmo em relação ao álbum, nomeadamente na viragem musical e na carreira dos U2. Foram eles que descobriram a América "profunda" e a América (e a globalização absoluta) que os descobriu a eles. Um deles, Adam, até dizia que aquilo já não era "como os filmes do velho oeste". E parece que liam Tennessee Williams e Norman Mailer "on the road".
    Resumindo: são, evidentemente, lindos, magníficos, fabulosos e este é o disco que os fez conquistar o (resto) do mundo. ;)

    O Anton sempre foi mais conhecido pelo trabalho com os Depeche Mode, acho. Vê lá se os outros foram tontos...Foram rapidamente buscá-lo(espertinhos os meus meninos!).

    bacci

    By Blogger g., at 2:19 da manhã  

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