um Algarve da liberdade

Hoje ainda há qualquer coisa que faz sentido. Uma memória de tempos de liberdade. Uma memória de fazer-o-que-o-corpo-pede e de experiências de crescimento. Uma memória de contacto intenso com a natureza. Um tempo sem tempo. Uma praia de mar manso em lua cheia. Estas são as minhas melhores recordações do Algarve da infância e da adolescência. Saudades de uma coisa que ainda faz sentido quando se encontram os amigos da praia de sempre. Saudades de poder estar uns dias na ilusão de uma vida sem relógio. Saudades de um algarve menos estragado. Só por uns dias, claro...Porque está tão danificado que já não faz sentido "desperdiçar" muito tempo no meio da gigantesca confusão. Uma semaninha (que agora nem sequer tenho) para fazer o gosto ao dedo e matar as saudades...pode ser maravilhoso.