O Prémio do António

Verdadeiro "prazer" são as estórias de Lobo Antunes que atravessam, qual linha ferroviária, a história deste país; é ver a nossa língua reinventada com vigor e imaginação em forma e conteúdo; é o soco no estômago que a emoção na sua escrita provoca. O seu "psicologismo" cirúrgico - que é a faca que espeta no coração do leitor - pode acordar os sentidos/sentimentos da mais gélida das criaturas...Isso e muitas coisas lhe tenho - lhe temos - a agradecer. Ele, lacónico, agradeceu dizendo que "era um prazer" terem-se lembrado do seu nome. Agora que, parafraseando Eduardo Lourenço, vimos o seu nome coberto pelo de Camões, vamos ver o que terá a dizer no dia do Nobel. Acreditem que ainda vamos ver.
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