11 linhas sobre o aborto
Como já não posso ouvir mais demagogia sobre o assunto, serei breve. Votarei SIM - e espero não ter a desilusão de ver as pessoas irem passear para o shopping em vez de irem votar. Votarei sim para acabar com a hipocrisia, o sofrimento humano e vidas de pessoas que sofrem durante todo um percurso porque ninguém as amou, ninguém as cuidou. Ninguém lhes deu VIDA, apenas um amontoado de cruzes para carregar. Quero é acreditar no bom senso do legislador que, na regulamentação da lei, não permita que uma mesma criatura faça abortos como quem bebe copos de água. Confio nas mulheres e acredito que essas são excepções. Mas ainda assim, é preciso prevê-las e acompanhá-las.
ps- e já agora, por favor, seja qual for o veredicto, gastem dinheiro em planeamento familiar e educação sexual. É que aposto que, em oito anos, não foi gasta - para o que é, de facto, essencial - a mesma quantia que ambos os movimentos estão a gastar nesta campanha!
ps- e já agora, por favor, seja qual for o veredicto, gastem dinheiro em planeamento familiar e educação sexual. É que aposto que, em oito anos, não foi gasta - para o que é, de facto, essencial - a mesma quantia que ambos os movimentos estão a gastar nesta campanha!
posted by g. at
3:31 da tarde
2 Comments:
...Pus o despertador para as 5 da manhã. Combinaramos ir juntos e qualquer dos nossos carros poderia nem sequer aguentar até à fronteira. Na véspera vi o óleo, atestei o depósito e olhei para o carro uma última vez, como que a dizer "Não me desiludas, por favor..." Não dormi e isso nunca o confessei. Acordei-a e lá fomos. Não houve qualquer complicação e só à noite, já em casa e sozinho, libertei toda a carga de nervos em que me encontrava há dias. Durante muito tempo os nossos olhares cruzaram um doloroso e cúmplice silêncio. Só posso votar Sim.
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Anónimo, at 3:21 da manhã
Parece que estou a ver a imagem...SIM - também por isso. A dor ninguém a calará, mas a cabeça pode andar erguida e ninguém precisará de calcorrear fronteiras(as reais e as do medo) - um paralelo com a clandestinidade, no tempo da outra senhora... Que tenha chegado o final do reinado da hipocrisia.
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g., at 3:58 da manhã
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